Pelo menos é essa a expectativa do mercado, a avaliar pela negociação dos contratos de futuro da Euribor, indexante do crédito à habitação.
Para uma família com um crédito à habitação de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a três meses, ainda vai beneficiar de mais três revisões este ano que, no conjunto, podem representar uma poupança que ascende a 49 euros.
Os futuros da Euribor - taxa de referência para o crédito à habitação - estão a antecipar uma queda das taxas interbancárias pelo menos até ao final do terceiro trimestre deste ano. As expectativas do mercado apontam para que a Euribor a três meses se situe, em setembro, nos 0,63%. Isto quando ontem esta taxa a três meses caiu para 0,724% (e a média mensal de Abril se encontra atualmente em 0,75%).
Desta forma, segundo os cálculos do Dinheiro Vivo, uma família com um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread de 2,5% indexado à Euribor a três meses tem atualmente uma prestação de 692,29 euros.
Com a descida da Euribor a três meses em setembro, como apontam os futuros desta taxa de juro - e caso se mantenha nos dois meses seguintes - , o mesmo empréstimo passa a ter uma prestação de 642,97 euros. Contas feitas, traduz-se numa queda da prestação de 49,32 euros.
Esta descida deverá, no entanto, ser faseada. Ou seja, a próxima revisão do empréstimo deverá traduzir-se numa maior descida. Com o abrandamento do ciclo de descida da Euribor as revisões seguintes já deverão ter uma quebra menos expressiva.
Subida começa no próximo ano
Mas se por um lado ainda há margem para a Euribor descer, e a prestação cair, até ao final do ano, por outro tudo aponta para que essa situação se inverta em dezembro ou, o mais tardar, no início do próximo ano.
Os futuros da Euribor a três meses apontam para que em dezembro, esta taxa se situe nos 0,67% e em junho do próximo ano esteja nos 0,79%, ou seja, acima do valor que está atualmente.
Caso esta expectativa venha a confirmar-se, o início de 2013 poderá marcar o começo de um ciclo de subidas, embora não tão expressivo como o que se verificou há uns anos e que levou a taxa Euribor a atingir máximos históricos acima dos 5%, em setembro de 2008.
Ainda assim, os especialistas alertam para que as famílias se previnam para uma subida das taxas que servem de referência ao crédito à habitação, sendo de esperar que as taxas se ajustem ao juro de referência do Banco Central Europeu (BCE).
Desde que o atual presidente da autoridade monetária para a zona euro, Mario Draghi, assumiu funções, em novembro de 2011, já desceu por duas vezes a taxa de juro diretora, anulando as subidas que tinham sido feitas anteriormente ainda em 2011.
Atualmente a taxa de juro de referência do BCE encontra-se no valor mais baixo de sempre em 1%. Para já, os economistas e analistas não esperam que o BCE mexa nas taxas.Fonte: Dinheiro Vivo 26-04-2012
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